A inteligência dos cães

O QI dos cães encontra-se em uma escala mais elevada em relação ao dos gatos, periquitos ou pôneis. Eles são excelentes aprendizes, com ampla capacidade de associação. Os cães, como animais sociáveis, são peritos em interpretar sinais sutis enviados por outros indivíduos - caninos ou humanos.

Essas características permitem que o cão "compreenda" as pessoas e estabeleça uma relação de amizade com elas.

O Cheiro e a Marcação Visual

A marcação é uma parte importante na vida de um cão. Muitas mensagens envolvem o olfato: os cães marcam um território pela urinação frequente e ao riscar o chão para liberar o cheiro das glândulas sudoríparas presentes nas patas. De igual modo, rolam em substâncias de forte odor, como o esterco, para acentuar o cheiro do corpo (pelo menos no que diz respeito aos padrões olfativos de um nariz canino).

A marcação visual através da linguagem corporal também é amplamente desenvolvida. Um repertório variado de posturas corporais, expressões corporais, expressões faciais e os sinais transmitindos pela cauda transmitem as informações que outros cães, animais e humanos conseguem interpretar. Há também uma ampla variedade de sons como o rosnar agressivo, o rosnar mostrando os dentes, sons lamentosos, uivos e "ganidos"(dos hounds enquanto caçam), entre outros latidos característicos.

A importância das brincadeiras

Os filhotes amam brincar, e esta diversão é bem mais do que uma "joie de vivre"(prazer de viver). Essa prática pode ter relação com seus parentes selvagens. Não é somente uma atividade que substitui a caça, motivada pelo instinto do caçador em matilha, mas uma oportunidade de realizar exercícios físicos valiosos quando o animal está em fase de crescimento.

O filhote aprende sobre o mundo à sua volta na medida em que investiga com seus sentidos e, ao mesmo tempo , desenvolve habilidades sociais de importância relevante para uma espécie tão gregária como a sua, o que não acontece com os filhotes dos gatos, que herdam uma vida cheia de autocofiança mas ao mesmo tempo solitária. Os filhotes caninos precisam de muito contato com seus companheiros e amigos humanos para que se tornem adultos bem ajustados.

Portanto, durante o período crucial de três a dez semanas, fase em que são mais brincalhões, se os filhotes forem privados do contato com outros cães, não desenvolverão as reações sociais corretas, pois o que se perde durante esse estágio não poderá ser estimulado mais tarde.

Esses indivíduos se tornam neuróticos, com tendência a serem anti-sociais e incapazes de estabelecer um relacionamento normal com outros cães.

Para cães adultos, brincar é sinônimo de diversão e exercício. Ao contrário, porém, se seus parentes selvagens, tais brincadeirdas poderão lembrar a cada animal a posição que ocupa na hierarquia social, o que reduz o risco das perigosas brigas.

Comportamento anti-social

Com uma espécie tão complexa e inteligente, as coisas podem dar errado, e os cães às vezes apresentam problemas comportamentais psicológicos. São raros os casos em que um cão é verdadeiramente psicótico. Comportando-se de modo totalmente irracional. Em quase todos os casos, o comportamento pode ser explicado por um exame da natureza fundamental do Canis familiaris.

Um bom proprietário deve estudar e compreender a personalidade de seu cão. Se aparecerem sinais de um possível comportamento anti-social, consulte um veterinário, um especialista em comportamento de animais ou um "psicólogo de cães".

Vi lá no Cachorro Ideal